As consequências do pós-LAYOFF

Se você tem dúvidas quanto a utilização do regime layoff, seus benefícios e problemas, este é o texto certo para lhe esclarecer as vantagens e desvantagens desta prática que foi massivamente utilizada diante da inesperada pandemia de Covid-19, em que muitas empresas tiveram que reduzir drasticamente seu quadro de funcionários e algumas delas até fecharam as portas após se deparar com a difícil realidade de encerrar as atividades frente a um ataque de vírus que jamais pensaríamos que teríamos que enfrentar.




Enquanto algumas empresas encontraram soluções e oportunidades na pandemia para muitas pessoas, as organizações que tiveram de se adaptar e reduzir para sobreviver no mercado, tiveram que trabalhar dobrado para pagar as perdas e custos deste momento de escassez que ninguém poderia prever, entre estes custos, perda de lucratividade e as temidas rescisões contratuais após demissões.

Pensando em como manter-se diante de uma adversidade como esta é que muitas empresas começaram a pensar em técnicas para evitar maiores perdas, entre elas, implantar na empresa o regime Layoff, que nada mais é que realizar uma redução temporária nos períodos de trabalho e salário de funcionários quando a empresa tiver que passar por momento de escassez e precisar de um tempo para se recuperar financeiramente. 

A princípio, esta técnica pode parecer muito vantajosa para a empresa, mas se analisar bem todos os detalhes, poderá perceber que é bastante necessária para ambas as partes envolvidas: empresa e funcionário. Ao continuar sua leitura, você verá onde você se encaixa neste meio e que vantagens poderá tirar deste acordo.

O que é LAYOFF?


Para quem não sabe, a palavra do idioma inglês 'layoff' significa em português: "demitir", porém a expressão comumente utilizada no Brasil tem como principal significado essa medida que a priori tem como objetivo principal evitar demissões de funcionários e colaboradores em longa escala. 

O termo e a prática vem sendo adotados com mais frequência neste período por diversos setores de RH para se antecipar a possíveis desafios que as empresas possam passar em relação a redução do quadro de funcionários, como foi o caso da pandemia de Covid-19, mas essa medida sempre esteve respaldada na legislação trabalhista na Lei 4.923/1965  e no artigo  476-A da CLT.

Por se tratar de algo que até a pandemia da Covid-19 era pouco conhecido, ficaram muitas questões: Esta é a melhor medida de redução de quadro de funcionários a ser realizada? O que acontece depois, no pós layoff? Quais as consequências do pós layoff? Quais os problemas com a redução da equipe de trabalho? Quais os benefícios do regime layoff nas empresas e para os funcionários?

Especialistas são divergentes em relação ao que vem no pós layoff. Há quem defenda que a medida é segura diante suas cláusulas de proteção ao funcionário em consonância com os benefícios financeiros para a empresa (visto que tem de estar devidamente previsto em comum acordo ou em convenção coletiva, sendo assistido e protegido pelo sindicato e legislação; não supera um período de 16 meses; oferece ajuda mensal sem natureza salarial e encargos que compense mensalmente para o funcionário durante o período de layoff, com valor definido em convenção ou acordo coletivo; e mantem os benefícios trabalhistas ao colaborador), como há quem condene por conta da degradação da unidade da equipe de trabalho em detrimento da visão corporativa e dos desempenhos organizacionais. 

As consequências do LAYOFF


O fato é que a utilização do regime layoff traz consigo muitos fatores burocráticos, gerando muitos problemas. Na perspectiva organizacional, há casos de abstenção do compromisso com o trabalho e a empresa, que deixa o funcionário mais desestimulado a continuar exercendo suas atividades profissionais; casos desestabilização da interação em equipe e redução do desempenho de todos com a perda de conhecimentos e habilidades com processos e sistemas da empresa; abstenção do compromisso com a empresa; retrabalhos para o Recursos Humanos e Departamento Pessoal; casos de pedidos de demissão de potenciais colaboradores; e aumento dos custos com todas estas perdas. Na perspectiva da saúde física e psicológica do funcionário, há casos de medo, apatia, desestabilização emocional após acreditar ter "perdido o emprego"; dúvidas e incertezas quanto a legalidade das ações da empresa e nas situações mais extremas, gerando até estado depressivo nos funcionários. 

Outro fato também é que a falta de conhecimento das leis e direitos e suas aplicações corretas ou incorretas, a medida de layoff nas empresas pode soar e/ou se caracterizar de forma ilegal ou não humanizada, por isso é importantíssimo que todos estejam bastante inteirados com tudo o que está acontecendo e entendam de fato os rumos que a pessoa jurídica da empresa está tomando, concorda?

Para a equipe, a melhor saída diante do layoff e se precaver de possíveis problemas no pós layoff é buscar sempre o máximo de conhecimento sobre o caso específico da empresa e legislação, a fim de evitar problemas na relação empresa para funcionário e vice-versa, bem como possíveis desgastes psicossomáticos inerentes a falta de segurança por conta da falta de visão a médio e longo prazo provenientes da falta de conhecimentos necessários sobre o assunto.

Para a empresa, a melhor solução para reduzir os impactos no pós layoff é planejar com os setores de Recursos Humanos e o Departamento Pessoal os critérios de demissão de funcionários em consonância com os objetivos da empresa a fim de manter a equipe que contribuirá assertivamente e produtivamente para a recuperação do atual período escasso; além de evitar custos excessivos e/ou desnecessários na empresa; proteger a integridade organizacional de sua equipe com treinamentos gerando engajamento e motivação de toda a equipe; ser o máximo de transparente com a situação que levou a utilização do layoff em período de escassez; antecipar-se a possíveis adversidades que possam gerar situações de escassez na empresa; e ao invés de optar diretamente pelo regime layoff, buscar alternativas como férias prolongadas, reduzir salários, conceder licenças, pausar novas contratações da empresa, suspender promoções para melhores funcionários e/ou reduzir horas extras conforme fossem ou forem previamente autorizadas. 

Todas estas medidas de proteção, tanto para a empresa quanto para o funcionário tem como principal objetivo amortecer os efeitos negativos das demissões em períodos de situações financeiramente sensíveis para a empresa, como foi o que aconteceu durante a pandemia da Covid-19. Tal posicionamento da empresa em comum acordo com toda a equipe de trabalho, minimiza problemas tanto para os funcionários que são demitidos como para os colaborados potenciais que ficam nas empresas.

Pós-LAYOFF


Bom ou ruim, devemos ser otimistas com o layoff pois ele é um regime temporário. Em uma visão a longo prazo, é praticamente um momento pequeno em comparação a carreira de trabalho do funcionário, que passará por momentos incertos, como o tempo de serviço da empresa junto a sua ração social de existência no mercado em que se propôs atuar. Em suma, a utilização do layoff é uma estratégia eficiente e eficaz quando bem utilizada, mas que precisa ser bastante cauteloso e racional quando tiver que ser posto em prática. Concorda?

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